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1/7/2022

Tendência da Cultura: Você contrata pessoas inteiras

Um colaborador também é uma pessoa, uma mãe, um pai, filho de alguém, com problemas, dificuldades. É preciso ter uma cultura que acolhe todas as dimensões dos indivíduos.

Um colaborador também é uma pessoa, uma mãe, um pai, filho de alguém, com problemas, dificuldades. É preciso ter uma cultura que acolhe todas as dimensões dos indivíduos. Muitos fatores externos podem afetar o desempenho, contentamento com o emprego e qualidade das entregas. Empresas são formadas por pessoas, por isso, quando elas estão bem sua empresa vai bem.

Cada vez mais essa noção de que as empresas precisam pensar nas pessoas contratadas está ganhando importância entre os trabalhadores. É isso que mostra a pesquisa “Global Talent Trends, 2022”, divulgada pelo LinkedIn e realizada globalmente através da análise de pesquisas internas e das interações na plataforma.

Nada de cultura de “Buffet Infantil”

Lembra do boom dos jogos nas empresas? A moda era ter mesa de ping pong, televisão, puffs, coffeebreak. Então, as pessoas terminaram percebendo que essas mudanças são apenas superficiais, depois de contratadas isso tudo perdia um pouco o brilho.

Não basta ter uma cultura de aparências sem empatia com o outro na hora de contratar pessoas.

A Grande Resignação (Great Resignation), ou o Grande Rearranjo, já que as empresas estão tendo que se adaptar às demandas dos trabalhadores. Especialmente se pensarmos em um futuro próximo.

A demissão em massa ocorrida em 2021 nos EUA, conhecida como Grande Resignação, que já atinge o mercado de trabalho brasileiro, força as empresas a pensar adiante. Afinal, muitas pessoas das gerações Boomers e Zoomers, que estavam próximas de se aposentar ou já aposentadas, aproveitaram a pandemia para firmar seu afastamento do trabalho.

As corporações só irão permanecer se estiverem preparadas para as demandas das gerações futuras, que nesse caso é a Geração Z.

A Geração Z quer mais  

O aumento dos Millennials e da Gen Z no mercado de trabalho indica uma mudança massiva de necessidades que precisam ser atendidas na vida profissional. Eles desejam mais flexibilidade, empatia e cuidado com a saúde mental. Não abrem mão de ter oportunidades de desenvolvimento e terem suas dores efetivamente ouvidas.

A “Global Talent Trends, 2022” mostra que a maior prioridade ao escolher um novo emprego é a possibilidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional:

  • 63% priorizam Equilíbrio entre profissional e pessoal
  • 60% priorizam Remuneração e benefícios
  • 40% priorizam Colegas e cultura

Já entre o que a maioria vê como área que precisa de investimento se destaca a abertura de oportunidades para desenvolvimento:

  • 59% Oportunidades de desenvolvimento profissional
  • 48% Trabalho flexível
  • 42% Cuidado com a saúde mental e bem-estar
  • 35% Treinamento de gestores para liderar times remotos e híbridos
  • 26% Diversidade e Inclusão

Cultura é uma prioridade para os candidatos

No Brasil a porcentagem de 40% se iguala a média global quanto aos candidatos que consideram a cultura como o ponto mais importante na hora de escolher um novo emprego. A cultura das empresas sofreu uma mudança em 2020 passando a ser focada nas pessoas.

Com a Covid-19 as pessoas passaram a reavaliar o que é importante nas suas vidas. Isso inclui a carreira, a família, a saúde física e mental, o bem-estar, e a satisfação pessoal nos seus cargos. Portanto, mesmo com a alta do desemprego registrada no Brasil atualmente ainda vivemos recordes de pedidos de demissão.

Segundo levantamento da LCA Consultores, baseado nos números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), março registrou 603.000 pedidos de desligamento. Sendo que em fevereiro já havia sido registrado um recorde de pedidos diários, com 560.272 pedidos de demissão.

Os profissionais estão criando relações de confiança e empatia com as empresas

Mudanças como a flexibilidade de horários, avaliação por entregas e não por horas trabalhadas, a possibilidade de trabalhar remotamente, comunicações assíncronas com os times e até a redução para 4 dias de trabalho com 3 de descanso estão cada vez mais comuns.

Em funções que não podem ser realizadas remotamente as empresas estão organizando dias sem reuniões ou períodos de descanso/ folga. Isso tudo é uma forma de incluir todos os profissionais em iniciativas que valorizam seu bem-estar. E o mais importante, são mudanças que impactam verdadeiramente nossa relação com o trabalho.

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